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Histórico da Copaíba da Amazônia


Antes do Brasil ser invadido e colonizado por Portugal, o óleo de copaíba já era conhecido e utilizado por aqui. Conta a história que observando os animais, que esfregavam seus corpos no tronco da copaibeira quando estavam feridos, os índios perceberam que a árvore tinha propriedades terapêuticas. Assim começaram a experimentar em si mesmos, e deu certo.
Primeiro serviu para combater doenças de pele e tratar picadas de insetos, depois para curar ferimentos dos mais variados tipos. Derivada do tupi guarani kupa’iwa, que significa tronco de planta, a copaíba logo se tornou uma das principais plantas mais utilizadas pelo homem para tratar de suas enfermidades.
As copaíbas são árvores nativas da região tropical da América Latina e da África Ocidental. No Brasil é encontrada principalmente na região Amazônica e no Centro-Oeste. O óleo de copaíba é basicamente uma resina coletada do tronco da copaibeira. Através de incisões no tronco, se extrai a resina. A partir da resina, se produz o óleo.
Mais tarde, quando o Brasil já estava colonizado, o óleo da copaíba começou a ganhar novas aplicações. Antisséptico das vias urinárias e respiratórias, tratando doenças como a asma brônquica. Prevenção e combate do tétano e de doenças de pele, como a psoríase.
Diversos componentes da copaíba apresentam atividade farmacológica cientificamente comprovada. Um deles é o beta-cariofileno, que atua como antiinflamatório e protetor da mucosa gástrica, solucionando problemas de azia, úlcera e gastrite.
Para ter uma idéia do poder da copaíba, quando comparada ao diclofenato de sódio, ela se mostra duas vezes mais eficiente que o medicamento em sua ação antiinflamatória. “A potência da copaíba se mostrou maior, porque com uma dose menor, obtivemos a mesma equivalência terapêutica", diz Mônica Freiman de Souza Ramo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP.
Mas o potencial farmacológico da copaíba não pára por aí. Estudos recentes revelam que, além de imensamente útil para infecções e inflamações em geral, por sua excelente ação cicatrizante, a planta também tem ação expectorante, antimicrobiana e é indicada no tratamento de inúmeras enfermidades. Feridas, eczemas, urticárias, furúnculos, seborréias, afecções da garganta, tosse, gripe, disenteria, incontinência urinária, corrimento vaginal: quase tudo pode ser tratado com a copaíba.
Ela é tão eficiente que ainda tem sido usada contra o vírus HPV, principal causador do câncer do colo do útero, e o Mal de Chagas, que provoca lesões no tecido do coração e dos órgãos do aparelho digestivo. São tantas aplicações e utilizações, bem como propriedades terapêuticas, que a copaíba acabou se tornando uma planta consagrada pela medicina popular.
E pra completar, recentes pesquisas apontam que a copaíba pode ser uma das novas esperanças contra o câncer. O Instituo de Química (IQ) e o Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (PQBA) da Unicamp chegaram a conclusão de que é possível sintetizar uma substância chamada hyrtiosal a partir do óleo de copaíba. Segundo os estudos, o hyrtiosal tem a capacidade de agir contra células cancerígenas, especialmente as responsáveis pelo câncer de ovário, próstata, rins, colon, pulmão, mama e inclusive leucemia.
Quando comparada ao diclofenato de sódio, a copaíba se mostra duas vezes mais eficiente em sua ação antiinflamatória.

Óleo de copaíba é testado em 9 tipos de câncer
LUIZ SUGIMOTO

Substâncias sintetizadas no laboratório a partir de componentes isolados do óleo de copaíba e do breu de pinheiro apresentaram resultados importantes contra nove linhagens de câncer e contra a tuberculose, inibindo ou matando células doentes, segundo estudos de pesquisadores do Instituto de Química (IQ) e do Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. O processo com a copaíba, executado em nível de doutorado e patenteado em 2002, ainda carece de testes toxicológicos para averiguar se as substâncias não afetam também as células normais, o que exigiria estudos mais detalhados sobre dosagens até que se chegue a uma concentração que não seja tóxica. Processo é patenteado para evitar apropriação. O professor Paulo Imamura, do Departamento de Química Orgânica, orientou a doutoranda Inês Lunardi em sua tese (Síntese do sesterterpeno hyrtiosal a partir do ácido copálico - Determinação da configuração absoluta do produto natural). Ele explica que uma série de reações químicas envolvendo o óleo de copaíba levou ao (-)-hyrtiosal, composto isolado da esponja marinha e patenteado por cientistas japoneses em 1992. "Aqueles testes foram dirigidos apenas contra células KB, da leucemia, com dosagens de 3 a 10 microgramas por mililitro em células doentes, o que é uma atividade razoável", informa o professor. A aluna do IQ, segundo Imamura, sintetizou o (-)-hyrtiosal e também com postos análogos, que passaram por testes no CPQBA, onde o professor João Ernesto de Carvalho constatou atividades contra células cancerígenas de ovário, próstata, renal, cólon, pulmão, mama, mama resistente e melanoma , mais a leucemia. Os resultados são próximos ou iguais aos encontrados na literatura envolvendo outras substâncias.
Quanto ao breu de pinheiro, transformações químicas de um ácido resínico nele existente permitiram a obtenção de ozonídio, um peróxido que é altamente reativo. "O ozonídio foi enviado aos Estados Unidos para um ensaio específico contra a tuberculose, apresentando um valor de inibição da doença em torno de 85%. Ele demonstrou boa atividade, mas os experimentos pararam por aí, pois era preciso chegar acima de 90%, índice exigido para seguir adiante até os testes in vivo", diz Paulo Imamura.
Testes - O professor João Ernesto de Carvalho, coordenador da Divisão de Farmacologia e Toxicologia do CPQBA, realizou as culturas in vitro e recorda que uma das substâncias, (-)-hyrtiosal, foi a que apresentou atividade mais seletiva, sobre a linhagem do melanoma. "Se precisasse escolher um dos compostos para dar seguimento às experiências, com testes em animais, seria este", afirma. Ele ensina que a seletividade é o que torna o material interessante. Uma substância que destrói todas as linhagens de células cancerígenas entra no primeiro critério de exclusão, pois provavelmente mata também as células normais, inviabilizando sua aplicação no paciente. "É impossível obter uma só droga que combata todos os tipos de câncer. Não se trata de uma patologia única, mas de mais de cem doenças, cada qual com etiologia, sintomas, progressão e tratamento próprios", acrescenta.
No CPQBA, as quatro substâncias foram deixadas em contato com as linhagens de câncer por 48 horas, quando se interrompeu o processo para determinação de concentração de proteínas, mostrando se houve cresci mento, inibição ou morte das células em relação às concentrações que variaram de 0,25 a 250 microgramas por mililitro - faixa adotada também para drogas já aprovadas. Para passar aos testes in vivo, Carvalho afirma que precisaria de quantidades maiores das substâncias sintetizadas.
Dosagem - Apesar da ausência de testes citotóxicos, a tese de Inês Lunardi preserva sua relevância enquanto pesquisa básica. "Caso as substâncias afetem também as células normais, a limitação aumentaria, já que precisa ríamos detalhar os estudos sobre a dosagem. Contudo, isso acontece com muitos produtos conhecidos, como o veneno de cobra, muitas vezes letal numa picada, mas que em baixas concentrações funciona como remédio", ilustra Paulo Imamura.
Uma vantagem deste processo está na obtenção das matérias-primas: a copaíba, cujo óleo é extraído com a perfuração do tronco (sem corte da árvore), e o pinheiro, abundante em projetos de reflorestamento. "Não raro, uma quantidade razoável de droga natural necessita de toneladas de matéria-prima. Um exemplo é o taxol, aplicado em câncer de útero ou cólon, que antes exigia o corte de oito árvores (Taxus brevifolia) de 100 anos de idade para atender a um único paciente. Isto foi resolvido com o aproveitamento e a transformação química de substância extraída de galhos e folhas de uma espécie européia, a Taxus baccata", explica.
Imamura é pessimista quanto à possibilidade de a indústria farmacêutica nacional investir na pesquisa e viabilização de medicamentos à base do óleo de copaíba e do breu de pinheiro. Contudo, acha que a solicitação de patente do processo de transformação química foi um cuidado necessário: "No Brasil, costumamos sintetizar substâncias academicamente e publicar nossos trabalhos, quando há ocorrências de grandes indústrias do exterior que se apropriam dos estudos realizados no chamado terceiro mundo, principalmente na área de fito-química. Pelo menos no Instituto de Química, já vejo a preocupação de resguardar as pesquisas não apenas como forma de publicação", finaliza.

Copaíba é nova aposta da medicina fitoterápica

Composição Óleo puro extraido da madeira de Copaíba:

Copaibeira

Também conhecido como bálsamo, o óleo de copaíba é obtido da copaibeira, árvore amazônica que chega a 45 metros de altura, por meio de uma incisão no tronco, do qual escorre em forma de resina.
Os primeiros a utilizarem o Óleo de Copaíba foram os índios da Amazônia que untavam o corpo depois dos combates e caças para aliviar lesões e curar feridas. Eles provavelmente aprenderam ao observar o comportamento de animais feridos que esfregavam-se nos troncos das copaibeiras.

Remédio Colonial
Com o descobrimento, os primeiros colonos sofreram muito com doenças tropicais e a falta de recursos, assim, o óleo de copaíba foi uma ótima opção medicamentosa utilizada por médicos do Brasil colonial que contornavam a escassez de remédios causada pelo suprimento irregular recorrendo às drogas indígenas; Dentre elas o óleo das copaibeiras tinha alto prestígio. Não demorou para que o óleo de copaíba passasse a ser utilizado amplamente por moradores, exploradores e missionários do Brasil colônia. Incrivelmente poderosa, a Copaíba é até hoje um antibiótico da mata, que salva vidas de caboclos e índios feridos do Brasil e do Perú amazônico. A casca da copaibeira também é utilizada na forma de chá como antinflamatório.



Extração sustentavel

A grande demanda pelo óleo coloca as copaibeiras em risco, por isso a extração responsável é necessária para não esgotar as copaibeiras da natureza, conforme mostra matéria do Globo Reporter sobre a extração sustentável do óleo de copaíba feita na amazônia:
MODO DE USAR:
Recomenda-se 5 Gotas no chá ou cafe para uso interno.
Para uso externo 5 Gotas em um pouco de alcool para micoses e frieiras.
Para infestação por piolhos 5 Gotas em um pouco de azeite para fricçôes no couro cabeludo.

Na massoterapia, Massagem com Óleo de Copaíba.

Se você é adepto de massoterapia, provavelmente já ouviu falar do óleo de copaíba!
O uso do óleo de copaíba em massagem é muito difundido porque a ação antiinflamatória e analgésica (bloqueadora da dor) dos ativos presentes no óleo são potencializadas quando ele é aplicado na pele do corpo junto a movimentos de massagem.
Assim, além de endireitar o corpo e ser eficaz no combate ao estresse diário, a massagem feita com óleo de copaíba apresenta como vantagens o alívio de dores (coluna, muscular e outras) e inflamações corporais localizadas.
  Os habitantes da floresta a procuram como local de tocaia para pequenos animais silvestres que se alimentam de seus frutos. A árvore, também chamada de Pau d'óleo, é facilmente encontrada na mata devido ao forte aroma de sua casca. Chamada de copaíva ou copahu pelos indígenas (do tupi: Kupa'iwa e Kupa'u, respectivamente), o óleo da copaíba era bastante utilizado entre os índios brasileiros quando os portugueses chegaram ao Brasil. Tudo indica que o uso deste óleo veio da observação do comportamento de certos animais que, quando feridos, esfregavam-se nos troncos das copaibeiras. Os índios o utilizavam principalmente como cicratizante e no umbigo de recém-nascidos para evitar o mal-dos-sete-dias. Os guerreiros quando voltavam de suas lutas untavam o corpo com o óleo da copaíba e se deitavam sobre esteiras suspensas e aquecidas para curar eventuais ferimentos1. No século XVII, os primeiros médicos do Brasil contornavam parcialmente a escassez de remédios, cujo suprimento à Colônia era irregular, recorrendo às drogas indígenas. Os viajantes se abasteciam dessas drogas, "comprovadamente eficazes", antes de se aventurarem por lugares desconhecidos. Dentre essas drogas, o óleo das copaibeiras era uma das que desfrutava de maior prestígio entre os viajantes2. A primeira citação sobre o óleo de copaíba talvez tenha sido feita numa carta de Petrus Martius ao Papa Leão X publicada em 1534, em Estrasburgo. Naquela carta, faz-se referência ao "Copei" como uma droga indígena3. Não houve cronista importante na História do Brasil que não tenha se referido às virtudes do óleo de copaíba. Um dos primeiros foi Gabriel Soares de Sousa (c1540-c1592), que registrou em sua obra "Tratado Descritivo do Brasil" a utilização do óleo pelos índios, incluindo-o entre aqueles provenientes "das árvores e ervas da virtude". O padre Jesuíta José Acosta (c 1539-c1604) no seu livro "De Natura Novi Orbis", traduzido em 1606 do latim para o francês, e depois por José Maffeu para o português, que o intitulou "História Natural e Moral das Índias", assim se referiu ao óleo de copaíba4: O bálsamo é celebrado com razão por seu excelente odor, e muito maior efeito para curar feridas, e outros diversos remédios para enfermidades, que nele se experimentam... ...nos tempos antigos os índios apreciavam em muito o bálsamo, com ele os índios curavam suas feridas e que delas aprenderão os espanhóis. Não foram só os cronistas portugueses que descreveram as propriedades medicinais do óleo de copaíba. Ele não passou desapercebido a Jean de Lery, que veio para o Brasil com Bois-Le-Comte, sobrinho de Villegagnon. De Lery o descreveu na "Histoire d'un Voyage fait en la Terre du Brésil", em que retratava a tentativa francesa no Rio de Janeiro de criação da França Antártica. Outro estrangeiro, o holandês Gaspar Barléu, em seu livro "História dos feitos recentemente praticados durante vinte anos no Brasil", dedicado ao Conde Maurício de Nassau, assim se referiu à copaíba, que considerava uma das árvores próprias da terra mais notáveis 5: Vêem-se estas plantas esfoladas pelo atrito dos animais, que, ofendidos pelas cobras, procuram instintivamente este remédio da natureza. Peckolt6, um dos primeiros cientistas a investigar de modo sistemático as propriedades medicinais da flora brasileira, tinha a mesma opinião de Barléu sobre a copaíba. Ele a considerava uma das dez árvores genuinamente brasileiras mais úteis na Medicina. O óleo de copaíba já constava em 1677 da farmacopéia britânica e em 1820 da farmacopéia americana (USP). Ainda hoje o óleo de copaíba pode ser facilmente encontrado em toda a Amazônia, onde é vendido em mercados e feiras populares, com diferentes denominações, como por exemplo, Panchimouti, Palo de aceite, Cabimo, Copahyba, Copaibarana, Copaúba, Copaibo, Copal, Maram, Marimari e Bálsamo dos Jesuítas. Seu uso tão difundido o torna o remédio mais usado e conhecido pelas populações mais pobres dessa imensa região, como diurético, laxativo, antitetânico, antiblenorroágico, anti-reumático, anti-séptico do aparelho urinário, antiinflamatório, antitussígeno, cicatrizante e remédio para o combate ao câncer. O que era uma droga indígena no passado é hoje um fitoterápico que pode ser encontrado em qualquer farmácia natural e de manipulação do País. Estudos farmacológicos com o óleo de copaíba mostram que o uso do óleo pelos índios é plenamente justificado. Avaliação in vivo e in vitro vem demonstrando que os óleos de várias espécies de copaíferas possuem atividade antiinflamatória, cicatrizante, antiedematogênica antitumoral, tripanossomicida e bactericida. Estudos fitoquímicos recentes mostram que os óleos de copaíba são misturas de sesquiterpenos e diterpenos. O ácido copálico (1) e os sesquiterpenos ?-cariofileno (2) e ?-copaeno (3) são os principais componentes do óleo. O ácido copálico, encontrado em todos os óleos de copaíba até hoje estudados, talvez possa vir a ser usado como um biomarcador para a autenticação desses óleos7. O óleo de propriedades quase mágicas, com o qual valentes guerreiros untavam seus corpos para descansar após suas batalhas, e o espanto dos primeiros europeus quando viram árvores tropicais exuberantes jorrarem óleo aromático, pode ser sintetizado na descrição feita por Pero Magalhães Gandavo, um de nossos cronistas mais importantes, em seu livro "História da Província de Santa Cruz", de 15768: Um certo gênero de árvores há também pelo mato dentro da capitania de Pernambuco a que chamam copaíbas, de que se tira bálsamo mui salutífero e proveitoso ao extremo, para enfermidades de muitas maneiras, principalmente as que procedem a frialdade: causa grandes efeitos, e tira todas as dores por graves que sejam em muito breve espaço. Para feridas ou quaisquer outras chagas, tem a mesma virtude, as quais tanto que com ele lhe acodem, saram mui depressa, e tira os sinais de maneira, que de maravilha se enxergam onde estiveram e nisto se faz vantagem a todas as outras medicinas. A história desse óleo não é feita só de virtudes. Hoje, constata-se com tristeza, os óleos de copaíba vêm sendo vendidos em muitas farmácias de todo o País adulterados com óleos vegetais, principalmente o de soja e até mesmo com óleo diesel nos locais de coleta dos óleos. Os cromatogramas abaixo ilustram as diferenças entre os óleos de copaíba autênticos e os óleos adulterados. às autoridades da vigilância sanitária cabe a fiscalização da venda dos fitoterápicos e o combate aos falsificadores, punindo-os exemplarmente. A nós, fitoquímicos, cabe a responsabilidade de demonstrar a autenticidade dos óleos de copaíba e dos fitoterápicos, em geral, e, nos momentos de lazer, contar algumas histórias sobre as plantas da maior e mais rica flora do planeta. Para ler mais sobre o assunto: 1 - Salvador, V., História do Brasil, 1500-1627, 6a. edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1975. 2 - Carrara Jr., E.; Meirelles, H.; A Indústria Química e o Desenvolvimento do Brasil - 1500-1889; Metalivros; São Paulo, 1996. 3 - Dwyer, J. D.; Brittonia, 1951, 7, 143. 4 - Acosta, J.; História Natural e Moral das Índias, Madrid, 1792. 5 - Barléu, G., HISTÓRIA dos feitos recentemente praticados durante vinte anos no BRASIL. 1a. edição, Amsterdan, 1647; Coleção Reconquista do Brasil, Vol 15, Tradução e anotações de Cláudio Brandão e prefácio e notas de Mário G. Ferri, Ed. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1974, p. 141. 6 - Santos, N. P., Alencastro, R. B., Pinto, A. C., Quim. Nova 1998 21 (5), 666. 7 - Veiga Jr., V. F.; Pinto, A. C.; Patitucci, M. L.; Quim. Nova 1997, 20 (6), 612. 8 - Gandavo, P. M. Tratado da Terra do Brasil, Editora Anuário do Brasil, Rio de Janeiro, 1924.
BALSAMO DA AMAZÖNIA
Óleo de copaíba é testado em 9 tipos de câncer
Substâncias sintetizadas no laboratório a partir de componentes isolados do óleo de copaíba e do breu de pinheiro apresentaram resultados importantes contra nove linhagens de câncer e contra a tuberculose, inibindo ou matando células doentes, segundo estudos de pesquisadores do Instituto de Química (IQ) e do Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. O processo com a copaíba, executado em nível de doutorado e patenteado em 2002, ainda carece de testes toxicológicos para averiguar se as substâncias não afetam também as células normais, o que exigiria estudos mais detalhados sobre dosagens até que se chegue a uma concentração que não seja tóxica. Processo é patenteado para evitar apropriação O professor Paulo Imamura, do Departamento de Química Orgânica, orientou a doutoranda Inês Lunardi em sua tese (Síntese do sesterterpeno hyrtiosal a partir do ácido copálico - Determinação da configuração absoluta do produto natural). Ele explica que uma série de reações químicas envolvendo o óleo de copaíba levou ao (-)-hyrtiosal, composto isolado da esponja marinha e patenteado por cientistas japoneses em 1992. "Aqueles testes foram dirigidos apenas contra células KB, da leucemia, com dosagens de 3 a 10 microgramas por mililitro em células doentes, o que é uma atividade razoável", informa o professor. A aluna do IQ, segundo Imamura, sintetizou o (-)-hyrtiosal e também compostos análogos, que passaram por testes no CPQBA, onde o professor João Ernesto de Carvalho constatou atividades contra células cancerígenas de ovário, próstata, renal, cólon, pulmão, mama, mama resistente e melanoma, mais a leucemia. Os resultados são próximos ou iguais aos encontrados na literatura envolvendo outras substâncias. Quanto ao breu de pinheiro, transformações químicas de um ácido resínico nele existente permitiram a obtenção de ozonídio, um peróxido que é altamente reativo. "O ozonídio foi enviado aos Estados Unidos para um ensaio específico contra a tuberculose, apresentando um valor de inibição da doença em torno de 85%. Ele demonstrou boa atividade, mas os experimentos pararam por aí, pois era preciso chegar acima de 90%, índice exigido para seguir adiante até os testes in vivo", diz Paulo Imamura. Testes - O professor João Ernesto de Carvalho, coordenador da Divisão de Farmacologia e Toxicologia do CPQBA, realizou as culturas in vitro e recorda que uma das substâncias, (-)-hyrtiosal, foi a que apresentou atividade mais seletiva, sobre a linhagem do melanoma. "Se precisasse escolher um dos compostos para dar seguimento às experiências, com testes em animais, seria este", afirma. Ele ensina que a seletividade é o que torna o material interessante. Uma substância que destrói todas as linhagens de células cancerígenas entra no primeiro critério de exclusão, pois provavelmente mata também as células normais, inviabilizando sua aplicação no paciente. "É impossível obter uma só droga que combata todos os tipos de câncer. Não se trata de uma patologia única, mas de mais de cem doenças, cada qual com etiologia, sintomas, progressão e tratamento próprios", acrescenta. No CPQBA, as quatro substâncias foram deixadas em contato com as linhagens de câncer por 48 horas, quando se interrompeu o processo para determinação de concentração de proteínas, mostrando se houve crescimento, inibição ou morte das células em relação às concentrações que variaram de 0,25 a 250 microgramas por mililitro - faixa adotada também para drogas já aprovadas. Para passar aos testes in vivo, Carvalho afirma que precisaria de quantidades maiores das substâncias sintetizadas. Dosagem - Apesar da ausência de testes citotóxicos, a tese de Inês Lunardi preserva sua relevância enquanto pesquisa básica. "Caso as substâncias afetem também as células normais, a limitação aumentaria, já que precisaríamos detalhar os estudos sobre a dosagem. Contudo, isso acontece com muitos produtos conhecidos, como o veneno de cobra, muitas vezes letal numa picada, mas que em baixas concentrações funciona como remédio", ilustra Paulo Imamura. Uma vantagem deste processo está na obtenção das matérias-primas: a copaíba, cujo óleo é extraído com a perfuração do tronco (sem corte da árvore), e o pinheiro, abundante em projetos de reflorestamento. "Não raro, uma quantidade razoável de droga natural necessita de toneladas de matéria-prima. Um exemplo é o taxol, aplicado em câncer de útero ou cólon, que antes exigia o corte de oito árvores (Taxus brevifolia) de 100 anos de idade para atender a um único paciente. Isto foi resolvido com o aproveitamento e a transformação química de substância extraída de galhos e folhas de uma espécie européia, a Taxus baccata", explica. Imamura é pessimista quanto à possibilidade de a indústria farmacêutica nacional investir na pesquisa e viabilização de medicamentos à base do óleo de copaíba e do breu de pinheiro. Contudo, acha que a solicitação de patente do processo de transformação química foi um cuidado necessário: "No Brasil, costumamos sintetizar substâncias academicamente e publicar nossos trabalhos, quando há ocorrências de grandes indústrias do exterior que se apropriam dos estudos realizados no chamado terceiro mundo, principalmente na área de fitoquímica. Pelo menos no Instituto de Química, já vejo a preocupação de resguardar as pesquisas não apenas como forma de publicação", finaliza. m No Globo Repórter do dia 21/02/2003 esta planta foi apresentada como um poderoso anti-inflamatório natural. A abrangente aplicação deste óleo foi mostrada pelo povo da região que diz que "na floresta tudo se trata com esta planta: ferimentos, trauma muscular, dor de garganta, dor de cabeça, gripes e inflamações." Tirar a essência das árvores é uma tradição antiga na cultura amazônica, por que lá são encontradas muitas espécies ricas em substâncias medicinais e alimentares. Por isso, a reportagem também diz que "os sete países mais ricos do mundo investem em pesquisa nas nossas florestas porque o mundo esta de olho no milagroso poder de cura dos nossos óleos vegetais" A Copaífera é uma árvore de grande porte encontrada em todo o Brasil, sendo especialmente representativa na Amazônia. É encontrada também no México, Antilhas e África Tropical.. Foram os índios da Amazônia que descobriram que depois do combate deviam untar o corpo com óleo de copaífera para curar seus ferimentos. Os colonos descobriram outras aplicações, utilizando-o como anti-séptico das vias urinárias e respiratórias e, particularmente, em bronquites. Também era usado como preventivo do tétano, no umbigo dos recém nascidos e em dermatoses. Sua resina é extraída do caule da planta por meio de pequeno orifício feito em seu tronco e então é colocado um cano até alcançar o veio da árvore. Assim, gota a gota este bálsamo vai sendo coletado. O que era droga indígena no passado é hoje um fitoterápico. Estudos farmacológicos com a seiva da C. officinalis L./C. Reticulata Dunke e outras espécies mostram que o uso do óleo pelos índios é plenamente justificado. Estudos fitoquímicos recentes mostram que os principais componentes deste óleo são o ácido copálico e os sesquiterpenos b-cariofeleno e a a-copaeno. O óleo também é usado como amaciante de cabelo e serve de insumo para a indústria de cosméticos, que com ele produz cremes, sabonetes e xampus, além de empregá-lo como fixador de perfumes, tintas e vernizes. A fama do óleo da vida correu o mundo. Hoje, é exportado para vários países. Uma curiosidade é sua qualidade como combustível. Anos atrás, um pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia fez uma experiência usando-o em um motor no lugar de óleo diesel. O motor funcionou por uma hora e não soltou fumaça. Características O óleo produzido pela árvore é um pouco viscoso e tem a coloração que vai do amarelado ao castanho-claro; algumas vezes incolor; e é um dos mais valorizados. Tem cheiro forte e gosto amargo. Provavelmente, é uma evolução natural para se defender dos inimigos, principalmente o cupim. Começa a fluir no cerne da planta quando esta atinge 40 centímetros de diâmetro. Em média, pode ser retirado o óleo de uma em cada quatro árvores da C. officinalis L./C. Reticulata Dunke. Isso ocorre porque em algumas plantas o óleo fica muito concentrado. O pesquisador Valdir Veiga Júnior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estuda o óleo da Copaífera há cinco anos, afirma que as pesquisas farmacológicas estão indicando que o produto possui qualidades, antiinflamatória e antitumoral. Ele alerta para o fato de que parte dos óleos vendidos no mercado contém adulterações, podendo fazer mal à saúde. (Referências: Programa Globo Repórter de 21/02/2003, da Rede Globo de Televisão; e Matéria da Revista Globo Rural; Revista Galileu, Revista Seleções set/2001, entre outras literaturas científica

Fontes: WEB oleodecopaiba.com.br  - loja de vender.com.br  - wikipedia - globo reporter - Rede Globo




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